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O ULTIMO ADEUS



Gastei suspiros com quem não merecia...
Morri de saudades de quem não devia...
Sonhei acordada com quem não podia...

Embarquei numa viagem sem fim,
numa aventura que me deixou assim...
triste, ferida, machucada...
e afinal não deu em nada...

Fui imprudente e inconsequente...
uma menina inocente!
Resta-me crescer e aceitar que é natural,
que tudo na vida tem um princípio e um final...



                                                            Elianne Delacoeur
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 ESTRELAS DE LUZ


Há em cada estrela
A luz do amor...
Que cada um atiça
Em cada vela ardente...
A paz, a justiça social
A amizade fraternal
Essa luz sem igual
Num mundo tão carente!
Eu quero um mundo diferente,
Onde a virtude...
Se erga na Caridade infinita
Que em minha’alma habita
Está é atitude
Que nos leva ao sentimento
O bom comportamento
A luz bendita
Que nos insufla a alma
Que nos dá calma
Que a minha alma conduz
À Divina Luz...
Que ilumina os nossos corações,
Que em todas as Nações
Surjam estrelas aos milhões
Na eterna trajectória
A saudar o Rei da Glória,
Como a Estrela de Belé
A mensageira
E que a Terra inteira
Siga na Rota do Bem
E prossiga no bom caminho
Uma vela acesa, símbolo de caridade
Da Paz, do Carinho, da União,
Que ficará para sempre
Em cada Coração!
Tantas estrelas iluminadas
Sejam elas a projecção
Dum mundo Iluminado
Onde a escuridão se apague
E Amor - A Nova Luz - se propague
Infinitamente! Docemente! Eternamente!
Numa Aurora Boreal...
E em assim em cada dia...
Haverá sempre Natal!

                                                          Maria José Fraqueza WB01345_.gif (616 byte)RETURN

 

 

 

 

SONO LIMIAR


O dia ainda não terminou
para mim
apesar da amante noite
cobrir-me
o olhar nublado
no trajecto das palavras
desalinhadas
ao longo da pena
e uma vaga de mar
invade o sono
limiar

logo desperta
uma zoada invisível
no jardim do lago
com as cigarras
timbaladas
a cantar
um ritual secreto
igual
à vibração dos búzios
num espelho de água

o espírito
cada vez mais distante
                alienado
a lembrar o primeiro sonho de amor



                                   João-Maria Nabais WB01345_.gif (616 byte)RETURN

                                             ( do livro "Memórias de Amor e Sedução" )


 

 

 

OLHAR-MAGIA


A beleza de teus olhos
eu julgo, eu analiso:
são brilhos de um céu em cor
de mil momentos.

Teu olhar tem majestade
em claro-verde
de penumbra luz,
carinho e tarde
em viagem mito
de encantamento.

Teus olhos, um esplendor,
cativam minh'alma
e o meu querer.

Teus olhos mostram,
teus olhos vibram
sonho e transcendência linda,
em direção Sul,
ou Leste-oeste,
ou ao Infinito.

Nunca vou deixar dizê-los
charme e bem-parecer,
encantamento:
a Natureza os fez,
mas o enlevo-imã,
luzir fascínio, emoção e música
só eu sei sentir.

Teus olhos,
Um espelhar divino,
uma luz crescente,
sol marcante para os meus.

Aí teu fôlego e coração:
significado de amor.
Aí, minha querida,
em guerra e viver-estímulo
reconheço te fazer feliz !

                                      Wanderlino Arruda
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O SABOR DO AMOR



pele bronzeada
excitada a cobrir
um vulcão de fogo
onde um coração
cintila
aceso o lume no chão
nu
os seios abertos
são romãs de oiro
sentinelas
a saltar o limite da
enseada
uma luz intensa
irrompe
através do bosque ainda em
flor
e se liquefaz na
margem
o teu sabor atrás da
língua
depois do amor



                                                          João-Maria Nabais
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GRÃOS DE ARROZ

Italy.jpg (930 byte) CHICCHI DI RISO

 

Grãos de arroz sepultados

no bôlso de um paletò:

insólita resurreiçáo.

Cereais lançados com alegria,

após um "Viva...",

no fim da cerimônia.

E depois, o banquete.

E nos, por anos,

juntos em baixo do mesmo telhado.

Grãos de arroz

com cheiro de naftalina.

Cruel com a lembrança

daquela renda pesada

destacada em nome de um legal,

civil, educado.

E depois, malignitades

e nós...

separados sobrenomes

nas guias telefonicas.

                                                                    Alessandro Bertolino  WB01345_.gif (616 byte)RETURN

                                                                    ( Trad. : Lella Forte e Carlo Bertero )

 

 

 

 

TÁBUA DO TEMPO


Aquele homem
gentil de palavras
e sabedoria
abriu uma janela para o céu
no viso da colina
o calor da tarde sufoca os campos
e dá corpo aos girassóis
aqui ouve-se o canto da cotovia
mas talvez a casa de xisto
nunca seja habitada em vida

a sua entrega e engenho no pensar
assusta ainda muita gente
fantasmas de peito vazio sem outro destino
visível

ele vai sucumbir em breve
sem lhe darem a alma devida
se é que o vão recordar um dia

mesmo assim consegue esquecer tudo o resto
e mais uma vez na solidão do quarto
escreve na tábua do tempo
o poema da manhã seguinte

                                                       João-Maria Nabais
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                                                ( do livro Sons de Urbanidade )